01.Deus-Oxalá Zamby Axé Shalom
dos caboclos-guias, pretos velhos,
mediúnicos, babalorixás e sacerdotes,
no Gongá-altar e nos terreiros atuam
e em todo campo astral
iluminam no Céu-Olorum.
02. Na mística sincrética do mito de yemanjá
a mãe d'água, a cabocla Yara,
da teogonia de Tupã do Pajé, Tupi-Guarani,
Maria, a mãe de Jesus, é cultuada.
03. Xangô, orixá que comanda a lei da natureza,
( no encanto de S. Jerônimo ),
se une a Oxossi, comandante dos vegetais
( com S. Sebastião),
e a Ogum que domina as guerras com (su)a espada
( de S. Jorge).
Oxum das águas doces e do arco-íris
chama Yansã que domina as tempestades
( como S. Bárbara ).
E os Yerês de santos meninos brincam com Ialorixá no terreiro
( de São Cosme e Damião ),
enquanto Exu-Jurupari com tridente na mão
faz magia e despacho na encruzilhada.
04. Os Ogans cantam e tocam atabaque e agogô
para Yaô, filha de santo, dançar,
ao sair da camarinha - o quarto sagrado -
que manifesta o orixá nos ritos de banhos, búzios e descargas...
05. E entre a festa e o sacrifício
as cozinheiras Iabassês ofertam os manjares
aos deuses no santuário.
O mistério encanta e faz sentir as vibrações
dos Querubins, Arcanjos e Serafins,
e o momento se faz transe
e o êxtase é real.
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