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quarta-feira, 4 de julho de 2012

É possível outra sociedade?

O artigo intui refletir acerca de duas visões antagônicas sobre a sociedade a partir dos explorados e aponta pistas de construção para um tempo insento da barbárie do capitalismo o qual aparece no imaginário humano como imprescindível, imbatível e eterno. Contudo, atentar a desconstrução dessa ideologia é um passo significante rumo ao que podemos chamar de um "outro mundo possível". A pergunta que norteará o texto: É possível mudarmos a sociedade na qual estamos inseridos para uma melhor?

Na filosofia política, Tomás Hobbes ,um empirista, dizia que o "homem é lobo do homem". Tal pensamento defende que o ser humano em sua essência é egoísta e agressivo. Portanto, o mercado competitivo é a melhor forma progressista de trabalhar essas características. Nesta lógica, o capitalismo é o sistema mais adequado á sociedade.
Diferente pensava Rousseau, quando apresentava o homem como fruto do meio. Para ele, nascemos insentos de maldade, mas é no processo de assimilação cultural que vamos adquirindo características "ruins".
Duas visões divergentes que guardam amplos interesses, permanecem nos debates ideológicos contemporâneos e nas estratégias políticas. Portanto, permeiam e projetam o caminho que a humanidade percorre. Por isto, convém refletirmos elas, uma vez que todos nós estamos inseridos neste caminho. Vejamos: A primeira convém aos que se mantém no poder; aos que exploram; a burguesia; todos os que buscam sustentar a status quo. Na ótica maxisista estes são os conservadores.
Já a linha que defendem que as pessoas são frutos do processo social compreende como uma postura revolucionária, porque aposta na mudança. Para estes, o capitalismo não é o fim da história. Assim como pode existir este sistema cruel, também, é possível a construção de outro modelo de sociedade.
O fato de a grande massa aceitar o capitalismo como o melhor sistema, decorre do que Max chama de alienação. Embora, o povo seja explorado, não consegue ver de quem é a culpa, fazendo assim, perpetuar as disparidades sociais, onde, por um lado, um pequeno grupo de privilegiados detém quase toda a riqueza, enquanto a maioria vive ma miséria. Portanto, fica evidente que a melhor linha ideológica a nortear o caminho da humanidade é que nos faz acreditar que podemos reverter este quadro.
Acontece que um dos maioresdesafios a ser enfrentado é a desconstrução das ideias introjetadas na mente das massas empobrecidas. Acreditar que quanto mais se trabalha se chega à riqueza (trabalho em seu sentido de exploração); que, a pobreza na qual se vive é uma sina, não pode ser mudado; é preciso que haja pobres e ricos, o mundo é assim mesmo por alguma razão, Deus quer assim. E mais: As pessoas mais vitimizadas são levadas a acreditar que são culpadas pela sociedade tal como se encontra. Quem é taxado de perverso, perigoso, delinquente deve ser banido da sociedade porque nasceu para serem assim.
Os movimentos de resistência tem sempre se assegurados frente à força avassaladora do capitalismo, porque alimentam-se pelas ideias de que é possível mudar este mundo. E será na contínua luta, na organização do proletariado, na tomada de consciência das massas, dentro de um processo contínuo, no trabalho solidário acontecendo nas bases. Certamente, chegará um tempo em que nenhum império, sistema atroz, poder opressor ficará de pé, porque o povo terá vencido. Este é o tipo de revolução que esperamos, este é o ideal que devemos apostar o de que é possível construir uma sociedade realmente justa, solidária e pacífica.

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Fonte:http://escolabiblicasamaritana.blogspot.com.br/


Sobre o autor
Ernande Arcanjo é estudante de Serviço Social, assessor da Pastoral da Juventude do Ceará, voluntário no Trabalho em defesa da vida e participante de Escola Bíblica Samaritana-CEBI.

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